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Foto:
Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG
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O
jogo era mais esperado deste Campeonato Brasileiro. Atlético-MG de Cuca,
vice-líder, sob a batuta em campo de Ronaldinho Gaúcho, tentava em casa, na
Arena Galo Doido (apelido da torcida atleticana para o novo Independencia),
diminuir a vantagem de nove pontos do líder, o Fluminense de Abel Braga e do artilheiro
Fred, o time da moda da competição. E foi uma "final" daquelas, com
todos os ingredientes de jogão. Polêmica de arbitragem, após o gol de falta
anulado de Ronaldinho Gaúcho. Inesperada vantagem no placar para o Flu,
totalmente dominado, mas contando com o oportunismo de Wellington Nem. Virada
do Galo com atuação brilhante do trio Ronaldinho-Bernard-Jô, este último autor
dos dois gols. Brilho, especialmente, do goleiro Diego Cavalieri e de Fred, que
empatou a partida no seu centésimo gol com a camisa tricolor. E, mais uma vez,
a presença de um craque para decidir. R49, decisivo em dois dos três gols,
centrou na medida para o zagueiro Leonardo Silva dar a vitória por 3 a 2 aos 47
minutos do segundo tempo.
Réver
era dúvida. Mas estava em campo. Bernard também era problema. Mas estava em
campo. O Galo entrou quase completo. O Flu tinha Diguinho no lugar de Jean,
suspenso. A pressão alvinegra começou aos cinco minutos. Leandro Donizete
tabelou com Ronaldinho Gaúcho, recebeu na área, dominou no peito e chutou por
cima. Três minutos depois, Jô recebeu de Bernard, pegou de primeira e o goleiro
Diego Cavalieri salvou o Tricolor.
A
senha do técnico Cuca era explorar o lado esquerdo, que tinha na dupla
Ronaldinho-Bernard velocidade e inspiração. Nos 10 primeiros minutos, foram
duas boas chances. O torcedor atleticano ficou no quase. Primeiro, Leandro Donizete partiu de trás e
tabelou com Ronaldinho. Recebeu na medida, matou no peito e bateu pelo alto,
rente ao travessão. Depois, Bernard arrancou e centrou para Jô emendar. Foi à
primeira boa defesa de Diego Cavalieri, que deu um tapinha para escanteio.
O
lance polêmico do jogo foi aos 22 minutos. Ronaldinho cobrou falta e mandou a
bola para as redes. A festa da torcida foi interrompida pelo árbitro Jailson
Macedo de Freitas, que marcou empurrão de Leonardo Silva nos jogadores da
barreira do Fluminense. Os torcedores, que já haviam protestado contra os erros
de arbitragens favoráveis ao Tricolor no campeonato, não perdoaram.
A
partir daí, os gritos de "Vergonha!" tomaram conta do Independência -
antes da partida, um protesto dos torcedores atleticanos contra as últimas
arbitragens já fora contido pela PM. Reclamações à parte, a bola continuou
rolando, e o Galo manteve a superioridade.
No
único lance em que ameaçou o Atlético, o Fluminense contou com a arbitragem,
que não apontou impedimento de Wellington Nem. O atacante avançou, passou por
Victor, mas não conseguiu finalizar e errou o cruzamento.
O
Galo ainda não aproveitou lances com Marcos Rocha, que chutou e Cavalieri
espalmou, e com Jô, que falhou na finalização de cabeça de frente para o gol.
Já aos 44 e 45 minutos entrou em cena a trave. Primeiro, no chute de Bernard,
que Diego Cavalieri desviou. Depois, na conclusão de Jô.
Àquela
altura, Diguinho tentava conter Ronaldinho, mas em vão. O craque atleticano
exibia o seu melhor repertório: deu elástico, depois drible, e deixou o
marcador no chão.
Se
o Atlético desperdiçou várias jogadas, o Fluminense jogou água fria na primeira
que teve na etapa final. Aos 10 minutos, Fred tocou para Wellington Nem, que
bateu na saída de Victor: 1 a 0. Os cariocas ainda tiveram outro bom momento,
aos 13 minutos, quando Thiago Neves chutou em Victor.
O
gol foi uma ducha para o Galo e sua torcida. Mas o time não desistiu. Nem
depois de outra bola na trave, de Leandro Donizete, de fora da área. Já com
Neto Berola, bem mais veloz, no lugar de Guilherme, buscou e conseguiu o
empate. E foi numa arrancada de Ronaldinho. Pelo meio, ele tocou para Jô
desferir o chute inapelável, sem defesa para Cavalieri, aos 23 minutos: o
estádio Independência até tremeu.
Abel
Braga sabia que precisava mexer. Tirou Thiago Neves e Deco, apagados, e botou
Rafael Sóbis e Vágner. Mas nem isso adiantou. O dia parecia do trio
Ronaldinho-Bernard-Jô. E foi exatamente nessa ordem que nasceu e morreu na rede
tricolor o gol da virada atleticana. O Atlético não parou de lutar. Aos 34
minutos, Bernard cruzou e Jô não alcançou para finalizar. Dois minutos depois,
a dupla funcionou. O meia cruzou novamente e, desta vez, o atacante balançou as
redes: 2 a 1.
A
vibração do Galo durou pouco. Quatro minutos depois, Carlinhos conseguiu sua
primeira boa jogada pela esquerda. O Fluminense tinha Fred em campo. O
artilheiro brilhou aos 40 minutos. Depois do cruzamento de Carlinhos, o
atacante se esticou e mandou a bola para as redes: 2 a 2.
Se
os cariocas tinha Fred, o Atlético tinha guerreiros e Ronaldinho em estado de
graça. Aos 47, ele cruzou a bola na área, como se fosse com a mão, na medida
para a cabeçada certeira de Leonardo Silva. O torcedor do Galo parecia não
acreditar. Saiu do Independência cheio de esperança. O time carioca ainda
possui uma boa vantagem, mas essa vitória coloca o time mineiro mais vivo na briga
pelo título.
Na
próxima rodada, a 33ª, o líder do campeonato receberá o Coritiba, quinta-feira
às 21h, no Engenhão. Já o compromisso do vice-líder será diante o Flamengo, no Independência,
na quarta feira dia 31 às 21h e 50.
#EuAcreditoNoTítulo
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