FOTO: YURI EDMUNDO
Com mando de
campo a seu favor, o Atlético não desperdiçou a chance no primeiro duelo da
final da Copa do Brasil. Mostrando que a decisão do presidente Alexandre Kalil
foi acertada, que levou o jogo para o Independência, a torcida transformou o
Estádio num verdadeiro caldeirão. Com torcida única, o Galo aproveitou a ‘mística’
do Horto: "Caiu no Horto, tá morto!" e derrotou o Cruzeiro por 2 a 0, na noite desta quarta-feira. Luan abriu
o marcador no primeiro tempo e Dátolo decretou a vitória ao ampliar o placar na
etapa final, deixando o alvinegro com uma ‘asa’ na taça inédita.
Com a torcida
toda a seu favor, o Atlético soube aproveitar muito bem o mand de campo para
sair na frente logo no primeiro tempo. No começo os dois times se mostravam
muitos nervosos e ansiosos ao tocar a bola. Tentando se impor, o Cruzeiro
ocupou melhor os espaços no meio de campo, enquanto o time alvinegro encontrava
dificuldades na marcação pelo setor de criação do arquirrival.
O Cruzeiro
sofreu o gol logo aos 8 minutos. Jogada característica do Galo, a bola na aérea,
Marcos Rocha chegou bem pela direita e cruzou para o Luan testar as redes do
goleiro Fábio: 1 a 0. A torcida ficou em êxtase, inclusive as pessoas que
formavam uma longa fila do lado de fora do Estádio.
O gol acalmou os
ânimos do Atlético, que passou a apostar nos contra-ataques, mas faltava
caprichar mais nos passes e nas finalizações. O rival adotou uma postura
ofensiva, tentando sustentar o toque de bola, sem muito sucesso para conseguir
penetrar no sistema defensivo alvinegro. Nas poucas chances que teve, parou em
Victor, como em um chute de Moreno.
Empurrado pela
torcida, aos 30 min, o Galo tentou esse apoio pressionando e buscando ampliar.
Carlos procurava algumas arrancadas e Dátolo incomodou Fábio em chute no canto.
Diego Tardelli e Éverton Ribeiro, os astros dos times, apareceram pouco e não
foram muito efetivos durante o primeiro tempo, apesar de se movimentarem
bastante.
O nervosismo era
evidente nos dois times, e o segundo tempo começou como o primeiro. As equipes
estavam muito afoitas e errando muitos passes. A bola parecia queimar nos pés
dos jogadores. O jogo era de ataque e ataque. O arquirrival buscava o empate e
o Galo focado na velocidade dos contragolpes. Isso, sem deixar de lado a
preocupação de levar um gol.
E a MASSA
explodiu, aos 13, no Horto. O Galo aproveitou bem, em outro lance conhecido e
bem treinado do time. Na cobrança de lateral, Marcos Rocha mandou a ‘pepita’
para a área. Carlos ajeitou e Dátolo mandou um foguete de perna esquerda, sem
chance para o goleiro cruzeirense: 2 a 0.
Logo após o gol,
o técnico Marcelo Oliveira chamou Júlio Batista e colocou no lugar de Éverton.
Mesmo assim, o meio-campista não entrou bem e a postura da equipe em nada
mudou. Já pelo lado alvinegro, Levir teve que trocar Luan por Marion. A partir
daí, o Galo começou a jogar com inteligência, valorizando a posse de bola e
administrando bem a vantagem. Tardelli ainda teve chance de marcar o terceiro,
e deixaria o Atlético em uma situação confortável. Porém, Fábio evitou o que
seria a prévia de uma goleada. No fim, a festa da torcida no ‘caldeirão’ cada
vez mais alvinegro.
Antes de
voltarem a duelar na finalíssima, Atlético e Cruzeiro terão compromissos pelo
Campeonato Brasileiro no fim de semana. O time celeste, líder isolado, encara o
Santos, neste domingo, às 17h, na Vila Belmiro. Já o Galo retornará ao
Independência diante do Figueirense, na mesma data, às 19h30.
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