Amigos, já faz tempo que o coração atleticano não passa por terríveis
situações. Digo, situações nas quais perdíamos em casa, nosso Santo parava de
operar milagres e víamos um time apático em campo. Desde 2012, o atleticano
viveu o verdadeiro Atlético.
Em junho, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, os atletas
saíam de campo ainda com o sangue nos lábios. Era como se tivessem degustado
cada pedacinho da bola! Nos olhos, habitava-se um brilho intenso e desesperado,
era luz de quem trilhava seu próprio caminho, claridade de quem atravessava o
meio campo com confiança, agilidade de quem entregava a redonda nos pés de quem
sabia fazer. E no peito? Ah! Era peitoxpeito. Era tipo briga de GALO, sabe? Era
o Clube Atlético Mineiro, o verdadeiro GALO de Minas Gerais.
Esse Atlético namorou muito tempo com a sua torcida, era
Mineiro pra cá, Libertadores pra lá, Copa do Brasil acolá, choro de ídolo de um
lado, perna esquerda do outro, torcedor enlouquecido, treinador fiel a Nossa
Senhora, zagueiro fazendo gol de cabeça... Tudo! Tudo acontecia em prol do
Glorioso das Alterosas.
Porém, o tempo passou. Nem tudo é como antes, algumas lesões
chegaram, enquanto alguns protagonistas iam embora. Como se fossem inimigos,
sabe? Ou atitude e consequência, como quiserem. Só sei que alguns estúpidos
problemas reapareceram.
Há a angústia da dúvida. E há a angústia inversa da certeza.
Onde foi parar o Atlético? Por que é que não jogam como antes? Quantos quilos
pesa o manto alvinegro? Chegou a hora do sofrimento sem retribuição? Tivemos
muitas alegrias durante um tempo e agora temos que pagar por elas? Quando
voltaremos a vencer? E o nosso ideal?
Os atleticanos tem recursos que só eles sabem usar. O
Atlético não morreu, muito pelo contrário, ele está vivíssimo. Mas do que ele
precisa então, pra poder voltar? Respondo-lhes: garra! É mole desejar lutar,
difícil mesmo, é calçar essa chuteira e entrar focado, não é? Olhe pra essa arquibancada,
meu caro e digníssimo jogador atleticano. Repare nos traços dessa gente que só
quer uma vitória do GALO!
Não há como não sentir saudades de 2012/2013, mas chegou a hora
de seguir adiante. Lutaremos apenas com aquilo que temos. Somaremos pontos e
lágrimas, apenas com aquilo que temos. Seremos CAMpeões e vibraremos, apenas
com aquilo que temos. Sabe por quê? Porque atleticano, o nosso único troféu
maior, foi, é e será a torcida do GALO. Foram-se ídolos, mas aqueles loucos das
arquibancadas continuam lá. Portanto, meu glorioso Clube Atlético Mineiro,
jogai por nós! Faça essa torcida feliz! Canta, GALO!

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